Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha: uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal: a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia! Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
OPINIÃO:
Mesmo para quem está habituado ao género “fantasia” derrapa no início das “Crónicas de Gelo e Fogo” e no seu capitulo inicial “A Guerra dos Tronos” e digo “derrapa” pela enormidade de personagens que nos são apresentadas, os seus antepassados e os seus descendentes torna-se um pouco complicado e confuso saber quem é quem nesta história. (Não é á toa que a Guerra dos Tronos é tantas vezes comparada á obra-mor da literatura fantástica ” O Senhor dos Aneis”).
E é impossivel não fazer essa comparação. Á semelhança de Tolkien, George R. R. Martin, não se limitou apenas a construir um admirável mundo novo repleto de locais, gentes e criaturas fantásticas e inesqueciveis. (isso qualquer bom escritor é capaz de o fazer). Martin conferiu-lhes uma profundidade tal que os torna reais, fazendo com que o leitor se entregue e viaje com os personagens de uma forma apaixonante.
Nos primeiros capitulos fui “obrigado” a consultar várias vezes o apêndice que se encontra no final do livro, para descobrir quem era quem e a que família pertencia. Os apelidos e as diversas casas, umas mais importantes que outras podem confundir o leitor logo no início, mas esse obstáculo é rapidamente ultrapassado ao fim de dois ou três capitulos. Cada capitulo tem o nome de um personagem e vai contando a sua história ao mesmo tempo que a acção vai avançando, em determinados momentos o capitulo termina em aberto, criando uma ansiedade no leitor e a vontade de saltar várias páginas para ver como se desenrolam os acontecimentos, mas Martin nunca continua no ponto onde terminou o que o leitor pode estranhar, mas acredito que faça parte da forma de contar a história, porque já deu para perceber que ali ninguém é o que parece, nada é o que parece e o autor não se compadece com os herois.
Rapidamente criei laços e torci por vários personagens como Jon Snow, Arya, Bran, Daenerys e até mesmo com o anão Tyrion Lannister. E detestei Viserys, Cersei, Joffrey, Jaime e tantos outros, aliás são mais os personagens com quem não simpatizamos do que o contrário.
Mas serão eles assim tão maus? ou tão bonzinhos? Pois parece que não, Martin consegue jogar com as emoções do leitor fazendo-o acreditar em algo para em seguda lhe “puxar o tapete”.
Mas a história ainda agora começou e já parti para o segundo livro (que originalmente é um só). É o único senão desta saga que a Saída de Emergência decidiu “esticar”, esticando também as carteiras dos leitores. Outra coisa que pessoalmente não gostei foram as capas escolhidas para a edição nacional, são francamente feias (nisso a edição Brasileira ganha aos pontos e ganha mais ainda quando apresenta um livro, não dois). pormenores.
Eu adoro esta saga! Simpatizo com o Jon, a Arya e claro, o anão mais fantástico de todos, Tyrion. Nuno, não te deixes enganar, o Martin consegue ser dissimulado e algumas personagens não são bem o que parecem. Também não concordo muito com o facto de dividirem o volume original em dois: primeiro porque sai mais caro e, segundo porque “corta” um pouco a acção especialmente,quando não temos à mão o volume seguinte.