Aproveitando a iniciativa da biblioteca de Verão do DN e JN, reli este Fantasma de Canterville, um pequeno conto que lido tantos anos depois ainda me consegue arrancar alguns sorrisos. Com um humor bem caracteristico, Wilde discretamente retrata a mentalidade e a suposta superioridade da Aristocracia Britânica (mesmo que falida) em relação aos Americanos. (novos-ricos)
O espírito do Fantasma da mansão Canterville, tenta em vão assustar uma recentemente chegada família Americana que decide comprar a mansão, com tudo incluído, mesmo o seu fantasma. É deveras hilariante que nenhum dos novos habitantes da casa se atemoriza com tal personagem.
Deste pequeno livrinho fazem parte ainda outros pequenos contos tais como: Esfinge sem Segredo (o chamado conto sem pontas por onde pegar), que conta a história de dois amigos que se encontram ao fim de muito tempo e em que um deles conta uma misteriosa história pessoal sobre a sua paixão por uma certa dama. (misterioso q.b. não leva no entanto a lado nenhum)
o Reizinho, o Aniversário da Infanta, o Pescador e a Alma e o Foguete de Lágrimas, compõem ainda este pequeno livrinho de contos, para (re) descobrir Oscar Wilde. Mas de todos eles o mais conhecido é mesmo o Fantasma de Canterville. umas quantas páginas a não perder.
SINOPSE:
Neste conto tão divertido, Oscar Wilde narra-nos a história de um atormentado fantasma que há mais de trezentos anos habita no castelo dos Canterville, aterrorizando sucessivas gerações.
No entanto, quando uma família americana compra o castelo, tudo se altera: o fantasma perde o seu poder, mas acaba por encontrar o repouso eterno graças à coragem e à bondade da jovem Virgínia Otis.
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Maravilhoso, este conto. De como a estupidez e a superstição são coisas tão humanas como ridículas. Este Wilde nada tem a ver com o de outras obras, por exemplo o De Profundis, profundamente deprimido. Aqui, pelo contrário é um Wilde incrivelmente cómico, a satirizar os estúpidos endinheirados como aquele americano que comprou o castelo com o fantasma lá dentro.
Li isto há muito tempo mais ainda rio daquele fantasma espectacular.
Wilde disse um dia que o único pecado é a estupidez. A mim só me resta concordar.
Tenho a edição anterior que também saiu numa Colecção de Verão do JN/DN.
Wilde é fantástico neste pequeno conto! Lembro-me que dei umas boas gargalhadas. 😉
Li recentemente esse mesmo livro da “Biblioteca de Verão JN/DN” e admito que também a mim conseguiu soltar uns sorrisos com o conto do Fantasma. No entanto, e desculpem se sou excepção, os contos que mais me tocaram foram o Reizinho e o Aniversário da Infanta pela forma como Oscar Wilde consegue expor a diferenças e injustiças que a sociedade daquela (sua) época apresentava. O que nos dias de hoje ainda é um facto autêntico. A forma como actualmente os ricos cuidam e julgam os mais pobres. É algo que eu próprio não suporto e infelizmente está cada vez mais vincado.
É o dinheiro que domina o nosso mundo em detrimento da sabedoria.